Essa mensagem faz parte de uma reflexão dividida em duas partes, sendo que hoje abordaremos especificamente as emoções, enquanto na próxima vez trataremos sobre o alinhamento da nossa espiritualidade a Cristo.
Vivemos em um mundo que nos apresenta uma infinidade de modelos de comportamento e sucesso, principalmente através das redes sociais. Muitas vezes, acabamos nos inspirando em influenciadores, coaches e figuras públicas, mas devemos nos lembrar de que Cristo é o nosso modelo ideal em todas as áreas da vida, incluindo nossa saúde emocional.
A Emoção de Jesus – Um Exemplo para Nós
O texto base para essa reflexão está em João 11:35:
“Jesus chorou.”
Esse é o menor versículo da Bíblia, mas carrega uma profundidade imensa sobre as emoções de Cristo. A cena ocorre durante a morte de Lázaro, amigo próximo de Jesus. Ele sabia que iria ressuscitá-lo, mas, mesmo assim, sentiu profundamente a dor da perda e chorou. Isso nos ensina que sentir emoções faz parte da nossa humanidade e não é falta de espiritualidade.
Muitas vezes, reprimimos nossos sentimentos por acharmos que devemos ser fortes o tempo todo. No entanto, Jesus nunca negou suas emoções. Ele se entristeceu, se alegrou, sentiu raiva e demonstrou amor de maneira genuína. Se Cristo, sendo perfeito, expressava suas emoções, nós também devemos aprender a lidar com as nossas de forma saudável.
O Que São Emoções?
As emoções são respostas do nosso organismo a estímulos internos ou externos. Elas envolvem três aspectos principais:
- Fisiológico – Mudanças no corpo (batimentos cardíacos acelerados, suor, frio na barriga etc.).
- Comportamental – Como reagimos a essas emoções (chorar, sorrir, fugir, enfrentar).
- Cognitivo – Como nossa mente interpreta essas emoções.
Deus nos criou com emoções, e elas têm um propósito. O problema não está em senti-las, mas em como lidamos com elas.
As Emoções Básicas e Como Jesus as Expressava
As ciências identificam algumas emoções básicas:
- Alegria: Jesus se alegrava com as crianças (Mateus 19:14) e em festas (João 2:1-11).
- Tristeza: Jesus chorou diante da morte de Lázaro (João 11:35).
- Medo: No Getsêmane, Jesus se angustiou profundamente (Mateus 26:37-38).
- Raiva: Jesus se indignou com os cambistas no templo (Mateus 21:12-13).
- Nojo: Ele repreendeu a hipocrisia dos fariseus (Mateus 23).
Jesus demonstrava emoções, mas nunca permitiu que elas o levassem ao pecado. Seu exemplo nos ensina a reconhecer e expressar nossos sentimentos sem sermos dominados por eles.
O Que Não Devemos Fazer com Nossas Emoções?
- Reprimi-las – Guardar sentimentos pode nos tornar uma “panela de pressão” prestes a explodir.
- Negá-las – Fingir que está tudo bem quando não está pode gerar frustração e afastamento dos outros.
- Projetá-las nos outros – Achar que todos sentem o mesmo que nós ou transferir nossas dores para os outros pode causar conflitos.
- Ser dominado por elas – Emoções são passageiras, e devemos ter controle sobre como reagimos a elas.
Como Alinhar Nossas Emoções a Jesus?
- Ter consciência das nossas emoções – Reconhecer o que sentimos sem culpa ou vergonha.
- Orar e entregar nossas emoções a Deus – Como Jesus fez no Getsêmane.
- Buscar equilíbrio entre espiritualidade e emoções – Precisamos de um relacionamento autêntico com Deus, sem mascarar sentimentos.
- Expressá-las de maneira saudável – Compartilhar com pessoas de confiança, buscar aconselhamento e permitir que Deus cure nossa alma.
Conclusão
Jesus não era um homem “frio e calculista”, mas também não era escravo de suas emoções. Ele expressava sentimentos sem ser dominado por eles. Nós também precisamos encontrar esse equilíbrio, permitindo que o Senhor alinhe nossa alma ao Seu coração.
Que possamos refletir e buscar esse alinhamento diariamente, vivendo com emoções saudáveis e um coração firmado na verdade de Cristo.